A simbologia do Brasão de Armas é o seguinte:

As cores representam uma opção simplificada entre a paleta tricromática (preto,  branco, vermelho) tradicional da emblemática templária histórica, significando o branco a pureza e o vermelho o ardor bélico e o sacrifício martirial; a cruz pátea grega orbicular vasada corresponde à síntese simbólica sucessiva portuguesa das Ordens Cavaleirescas do Templo e de Cristo, e o crescente lunar envolvendo uma estrela de cinco pontas constitui uma citação iconográfica da heráldica municipal sintrense como referência identificativa do seu território, sendo sede capitular local, estando ambas duplicadas e dispostas de modo cruciforme por figurarem, tal como o próprio mote latino, o cruzamento civilizacional entre Oriente e Ocidente; a águia de Bonelli timbra o escudo enquanto totem zoomórfico aéreo e alado escolhido entre a fauna local.

Sintra, tendo passado por várias grafias em latim e em português, passou em finais do século XVI / inícios do século XVII, a ver seu nome escrito com ‘C’: Cintra.

• A modificação deveu-se ao período em que foram muito propagados os templos de Sintra ao sol e à lua, sob forte influência da poesia da época que incidia na deusa Cynthia – Artemisa (Grécia); Diana (Império Romano); Cynthia por supostamente ter nascido no Monte Kynthos, na Grécia -, aliando-a à Serra. A questão da relação da Serra de Sintra com a lua, bem como a dos templos, está ligada a tempos mais antigos, relacionados com referências escritas, e à época, orais.

• Assim, ao longo – principalmente – dos séculos XVII, XVIII, e XIX, os historiadores – ou autores ligados aos factos históricos – diziam que Cintra era a corrupção do nome Cynthia – que supunham ter sido atribuído à Serra de Sintra.

• Com o aprimorar dos estudos históricos – principalmente – no século XIX, os mesmos historiadores foram deparando cada vez mais com referências arcaicas do Reino de Portugal, em que em português e latim os termos utilizados para o termo que nomeia a Serra, começavam com ‘S’.

• Por fim, depois da implantação da República, na Reforma Ortográfica de 1911 foram abolidas as formas mais próximas dos étimos latinos e grego (respetivamente, e a titulo de exemplo: prompto; pharmacia) e substituídas por formas “mais limpas”. Foi aí que Cintra passou novamente a ser Sintra.

Na Idade Media

Entre os séculos XII-XVI em volta do castelo existiam muito poucas casas, na sua maioria casebres dispersos de pastores e camponeses aqui e além.
A maior parte da população fixava-se onde hoje é a Vila Velha de Sintra, protegida pelo terceiro e mais exterior dos seus lances de muralhas, que desapareceu nos finais do século XVII indo sobrar aqui e além um ou outro fragmento, o que também acontece com os restantes lances, uma vez que a fortaleza era muito mais extensa e ampla do que se vê hoje, cujos sinais arquitetónicos mais evidentes não são anteriores ao século XVII e das reformas do rei D. Fernando II no século XIX.  

A maioria dos vestígios medievais de Sintra, ainda estão subterrados pelas terras revolvidas dos violentos terramotos de 1531 e 1755, tendo deixado este castelo uma ruína abandonada até D. Fernando II de Saxe Coburgo-Gotha em 1840, altura em que o arrendou e a quase toda a serra. Quase tudo deve a esse mais que “Rei Artista”, verdadeiramente “Rei Iluminado”, pensando e projetando, na senda dos ilustres varões lusitanos mais antigos, fazer de Sintra “Paraíso Terreal”, Capital Espiritual da Europa, projecto de Parúsia conformado ao tema da translatio imperii do Oriente ao Ocidente, destinando esta serra sagrada a peanha de eleição de Cristo e do Santo Vaso (Saint Vaisel), que daqui irradiou a toda a Europa medieval e renascentista como o próprio Mistério do Santo Graal.

Não deixa de ser significativo que no sinete rodado constante na carta régia de doação em 1161 de Sintra à Ordem dos Templários, por D. Afonso Henriques à pessoa do seu Mestre Provincial Gualdim Pais – tendo ocupado o Castelo dos Mouros pacificamente – se leia duplamente “Portugal” e “Portogral”, isto é, Porto-Graal, espécie de sinalética indicadora de ser aqui o berço espiritual do País, já que o temporal é tradicionalmente Guimarães.

Sintra e a Ordem do Templo

Sintra foi reconquistada pelas forças de Afonso VI de Leão (Espanha) e voltou para o domínio Muçulmano em 1095.
Para povoar e garantir a sua defesa, o Rei outorgou a Carta de Foral a Sintra em 9 de janeiro de 1154, determinando reparos nas suas defesas, dotando-a de um templo, a igreja de São Pedro de Canaferrim.

Em 1157, D. Affonso Henriques doa à pessoa de Gualdim Paes, Mestre dos Templários portugueses, pelos serviços prestados, “umas boas casas na vila e, além delas, umas tendas, duas vinhas, uma almoinha (terra agrícola), um moinho de água, um pomar no sítio de Almoster (floresta de almosquer) e ainda vários casias no litoral Sintrense”, o que na prática se traduziu por uma doação à própria Ordem dos Templários.

Essas “bonas casas” em Sintra foram identificadas como sendo o local onde hoje se encontra o restaurante “Adega das Caves” e o “Hotel Central”. O facto de na referida carta de doação as casas e herdades não estarem discriminadas, faz supor que as mesmas já deveriam estar em posse de Gualdim Pais, tendo sido a carta de doação, um documento que de forma oficial selava aquele como autêntico dono.

Outro aspeto a ter em conta, e que por alguns autores é abordado, pendendo para um lado ora para outro, tem a ver com a questão de que sendo Gualdim Pais à altura Mestre da Ordem dos Templários em Portugal, as ditas casas de Sintra teriam sido atribuídas à Ordem dos Templários e não apenas ao indivíduo, usando para isso na carta de doação, o termo de latim “Magistro Gualdino”, equivalendo a “Mestre Gualdim”.

Porém, não existe nenhuma prova que provoque uma conclusão definitiva em relação a isso mesmo, embora que seja de supor que sendo um Freire Templário, as suas posses – bem como as da Ordem dos Templários – não fossem para usufruto pessoal ou da Ordem, mas para o Senhor [nota: como no lema dos Templários, extraído do Salmo 113 da antiga Vulgata e da antiga tradução grega da Bíblia, e do Salmo 115 da tradução hebraica da Bíblia: “Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam” – “nada para nós Senhor, nada para nós, mas a Teu nome dai glória”.

Casas do Templo

Posteriormente esses bens foram transmitidos a Gonçalo Martins e em 1267 a João Portel (Mordomo Mor da Cúria de D. Afonso III) e quando morreu em 1284 voltaram para a posse da Ordem do Templo.

(Como João Portel comprou por escritura uma casa adjacente às referidas “Casas Bonas”, foi possível aos Historiadores comprovarem que a delimitação do quartel geral dos Templários coincidia com o restaurante “Adega das Caves” e o “Hotel Central”).

Numa reunião em 1979 em Sintra (Alfredo da Costa Azevedo – Cronista da Câmara de Sintra, Consiglieri Martins – Chefe dos Serviços de Turismo, Carmim Ribeiro – Arqueólogo), com os mapas de Joaquim Abreu de 1879, descobriram uma complexa rede de subterrâneos que se mantiveram desconhecidos/secretos durante séculos parece confirmar essa identificação das casas doadas.

Em 1287 Sintra foi constituída como Vila da Rainha, pelo que, todos esses bens dos Templários passaram para a custódia da Rainha Santa Isabel, mulher de D. Dinis.

Em 1314 o Papa Clemente V ordena a extinção da Ordem dos Templários, mas D. Dinis não concordando com essa decisão conseguiu protelar essa ordem e proteger os bens dos Templários em Portugal atribuindo os mesmos a uma nova Ordem por ele criada, a Ordem de Cristo 1318/19.

Estrada dos Castanhais – Quinta da Cabeça – Quinta dos Lobos

Do lado de baixo do Palácio de Seteais, num dos limites de Sintra que era então a mata de Almosquer e os Pomares doados a Gualdim Paes, Mestre dos Templários portugueses.
Mais abaixo e a última quinta com um nome curioso seria a Quinta da Cabeça, faznos lembrar que uma das acusações feitas aos Templários seria de adorarem a imagem da cabeça de um animal, supostamente um bode, que também era designado por Baphomet (já no séc. XVIII), erradamente associado ao diabo e por isso um sacrilégio para a Igreja Cristã.

Celeiro da Jugada
Este edifício, sito no Largo Latino Coelho, terá servido como celeiro onde era depositado o pagamento da jugada, direito real imposto nas propriedades lavradias, ordinariamente baseado no número de jugos ou juntas de bois, com que o colono agricultava a propriedade.

Presume-se que possa ter servido de local de armazenagem de alguns dos bens templários quando da mudança para a Ordem de Cristo, com o patrocínio do Rei D. Dinis, sob a custódia da Rainha St.ª Isabel. Já em 1834, depois da extinção das Ordens Religiosas, o Celeiro serviu novamente para depositar as relíquias trazidas das igrejas e conventos.

Mercado Medieval – Judiaria – Mouraria

Construção típica como herança dos Mouros/muçulmanos para dificultar ataques com ruas estreitas, sinuosas e com vários becos, construção em altura.
Davam mais importância ao interior das casas que ao exterior por assim estarem habituados , no norte de África, sendo a sua vida social feita no interior de suas casas, as mulheres passavam quase todo o tempo em casa,  assim iam aumentando as suas casas construindo conforme necessário mais uma divisão, um jardim, etc. Apenas os homens saíam para ir à Mesquita.

A rua do Arco do Teixeira foi o beco da Judiaria durante a idade Média onde os Judeus viviam, tinham uns portões nas duas entradas da rua que se fechavam no final do dia para que ficassem dentro de portas e restringidos ao seu espaço. Essa comunidade de Judeus convertidos vivia conjuntamente com os Cristãos e com os Mouros que ficaram depois da rendição. Existia em vigor um recolher obrigatório para os Judeus e limitações ao comércio.

A Judiaria tinha o seu próprio comércio e não o podiam fazer fora de portas, não tendo acesso ao que seria a área do mercado medieval, o que não quer dizer que com o passar do tempo não começassem a sair da sua comunidade pelos seus naturais dotes comerciais, com pequenas bancadas, etc., diz-se que fariam as ferragens dos cavalos dos Templários.

Igreja de S. Martinho

Vestígios medievais na fachada comprovam que se trata de um edifício original Romano ou Gótico e os primeiros estatutos foram de 1263 e aprovados apenas em 1306.

Em 1468 quando da visita dos Procuradores de Sintra às Cortes a Santarém, falavam da necessidade de afinar o Relógio. Duarte Darmas, desenhador do reino com várias gravuras de Sintra publicadas, fez em 1507 uma gravura da igreja de S. Martinho em que não existia qualquer Torre representada, podemos concluir ser de construção posterior, provavelmente no final do reinado de D. Manuel I ou já no reinado de D. João III.

Sendo a torre construída mais tarde, foi afetada pelo terramoto de 1755. Em 1755 foi construída pelo Padre Nunes, ao lado da actual uma pequena capela de N.ª Sra. Dos Desamparados, uma espécie de construção clandestina para apoio religioso dos prisioneiros.

Possui um relógio de pêndulos e que tocava para assinalar as horas e também em situações de grande urgência, como por exemplo durante a 1ª Guerra Mundial quando o pão aumentou de 4 vinténs para 4 vinténs e meio e o Povo se revoltou,  ou em 1922 quando Sacadura Cabral e Gago Coutinho atravessaram o Atlântico, também para a aclamação de D. Pedro V em 1853, etc.

A própria torre estava anexa a um outro edifício, que hoje são os Correios, mas que na época era uma prisão de Sintra até 1911, quando deixou de existir. Teve um grande restauro feito por D. Manuel I e possui ainda hoje 3 quadros quinhentistas que retratam a vida de S. Martinho, St. António e S. Pedro feitos pelo Mestre Quintino.

Para além de ter pertencido à Ordem do Templo, Sintra é terra encantada de castelos e palácios, de paisagens luxuriantes com flores exóticas e árvores altíssimas e centenárias. É Património Mundial da UNESCO, desde 1995.

Agradecimento a Jorge Pires, CTJ pela utilização de excertos de texto da sua autoria.

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